sábado, 27 de dezembro de 2008

Quarto 666, um quarto em chamas!

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Há um mês um amigo me sugeriu irmos ao cinema. Achei melhor não, pq não me sentia bem, tava no início de uma gripe. Então decidimos ver um filme em casa. Era um filme que falava sobre cinema, a mesma pergunta era repetida a diversos cineastas e as respostas em geral eram curtas. Interessante pra mim foi ver alguns caras conhecidos, falando sobre o futuro do cinema, tais como Spielberg, Antonioni, Herzog, Godard, Fassbinder. Isso em 1982. Meu amigo não gostou pelo que notei, ele disse que era um filme ruim. Eu não achei um filme ruim, apesar de que também não diria ser um filme bom. Mas eu me abstraio facilmente, portanto, me perdi nas falas e em minhas próprias análises dos discursos ali traçados. Spielberg falava sobre as quantias astronômicas de dinheiro que o cinema começava a gerar. Ele é judeu não é? Será que isso é mesmo o que mais importa pros judeus? Godard dava uma idéia de que o rapaz poderia levar uma garota para ver um filme pornô em sua casa. Realmente esse rapaz seria bem inteligente. Herzog tira seus sapatos, numa atitude dramática que me convenceu. Enfim, as pessoas dificilmente não são verdadeiras quando estão sós num quarto. Mesmo que com um gravador e uma câmera ligados. No entanto, é bem fácil mentir em outras situações, por exemplo é bem fácil pra mim mentir enquanto escrevo esse texto e fazer as outras pessoas acreditarem que esse filme vale a pena ou que ele é uma droga. A internet é um lugar muito bom pra mentiras. Assim como o cinema. Umas das falas que mais me agradou foi de um diretor que nem estava lá, um oriental, não sei exatamente de que país. Ele foi bem realista e me fez pensar que nem tudo é o cerne. Ou melhor, o cerne não é tudo. Não diria que vale a pena ver esse filme, mas eu assistiria novamente.




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