terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Sharing all the world.

*****


Uma família grande, um casal com muitos filhos, saía para sua viagem de verão. Mesmo morando em uma cidade praiana, sair do local onde se está habituado a passar o cotidiano, a rotina massante, e ir para um outro local, mesmo que praiano tb, é algo importante, na vida dessa família. Morar no local onde as pessoas costumam passar férias não é assim tão bom quanto parece. E a menina, filha qualquer, se sentia culpada, por causar o ciúmes. O ciúmes do pai e do irmão. Isso a fez se fechar, para todos. Aquela família não podia deixar sua casa, simplesmente. Eles tinham que, de alguma forma, proteger seu lar. E então eles fizeram algo estranho de se pensar. Eles derrubaram uma árvore!

Mas como, derrubaram uma árvore?, você pode me perguntar. Havia um rapaz interessado na menina. Mas ninguém sabia. Na verdade, qualquer um que prestasse um pouco de atenção podia ver, somente observando as atitudes dele. Bem, a família derrubou a árvore pensando que assim interditaria a rua, e nenhuma pessoa má intencionada entraria ali para roubar sua casa. Como pode alguém pensar nisso!? Outras pessoas moravam naquela rua! E a família interditou que passassem com seus carros. Será que a família queria mesmo ter aquela atitude? Enfim, a família interrompeu sua viagem, para voltar atrás. E retirar a árvore do caminho. Algo dentro de seus corações precisava se livrar daquela atitude inconsequente. Então prejudicaram suas férias para consertar um erro cometido durante esses anos de ciúmes. E a menina pôde sentir o amor novamente. Aquele amor que não tinha acabado, mas que pensava-se inexistente. Aquele amor que não fazia parte da rotina. Aquele amor que ressurgia dos momentos especiais, com a magia que continha os emocionantes trechos daquelas canções antigas. Assim, a menina finalmente pôde cantar sua música favorita, pois na voz doce daquela garota estavam todos os significados que se revelavam assim, sem dor, todos os segredos completos, que um dia foram cristalizados na galante amargura do existir. Todas as metáforas, tudo esteve finalmente no seu lugar, fazendo o seu sentido, completando o que estava incompleto.

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...

You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...

You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one


*****

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

The Beatles - You Never Give Me Your Money

You never give me your money
You only give me your funny paper
and in the middle of negotiations
you break down

I never give you my number
I only give you my situation
and in the middle of investigation
I break down

Out of college, money spent
See no future, pay no rent
All the money's gone, nowhere to go
Any jobber got the sack
Monday morning, turning back
Yellow lorry slow, nowhere to go
But oh, that magic feeling, nowhere to go
Oh, that magic feeling
Nowhere to go

One sweet dream
Pick up the bags and get in the limousine
Soon we'll be away from here
Step on the gas and wipe that tear away
One sweet dream came true today
Came true today
Came true today (yes it did)

One two three four five six seven,
All good children go to Heaven

domingo, 11 de janeiro de 2009

Eu que já não quero mais...



Pra não dizer que eu to deprê... é tudo uma grande ironia!


*****

++ so why don't you kill me??++

Adoro o Beck! :D

domingo, 4 de janeiro de 2009

For no one.

*****


A noite é escura. Negra.
Estou sozinha, como nunca estive antes. Não há ninguém em minha vida, ninguém em meu coração.
Até que aparece alguém. E a noite se torna mais escura. Escuto um grito agudo, horrível. Um grito de dor e angústia. Um grito vazio de vida. Será que sou eu que grito? É a Morte. Ela chega bem perto de mim, escorre uma gosma que parece um sangue esbranquiçado de seus dentes afiados. Ela não consegue manter sua lingua dentro de sua boca. Com suas unhas tão compridas que revelam sua eternidade, ela toca em meu ombro. Eu pergunto se chegou a minha vez. Ela diz que não. Que eu ainda devo sofrer muito antes e que estará comigo, aguardando que meus olhos estejam secos, meus ossos quebradiços, minha pele podre. Estranhamente eu me alivio. O grito não era meu. Eu não estou mais sozinha. Há um demônio medonho a compartilhar meus passos na penumbra da vida. De uma vida que agora, mais do que nunca, é densa, dolorosa, manchada de um sangue negro e borbulhoso. Um sangue que correu pelo meu corpo durante muitos anos. Agora há alguém em meu coração. Alguém que fará com que ele se deteriore, pouco a pouco. Alguém que me suga a vida e transforma toda a alegria e brilho de meu espírito em algo fétido e repugnante. Já posso sentir os parasitas se multiplicando. Porém, eu não estou mais sozinha.
Enquanto meus olhos não secam, eu sigo pela noite negra. Apenas esperando os momentos em que a dor será mais intensa, em que o ódio, rancor e mágoa controlem como um câncer todo meu coração que, bombeando o sangue envenenado por todo meu corpo, o fará lentamente todo seco. E então aquele grito será o meu. E entrarão vermes pelos meus ouvidos. E eu sei que nesse momento o alívio será de todos os que um dia tiveram o desprazer de conhecer essa pessoa tão pequena e desprezível quanto seu corpo invisível submetia os pensamentos alheios. O alívio estará nos sorrisos envergonhados daqueles que desejaram com tanto ardor a minha partida.
Enquanto isso, sigo pela noite negra. Em busca de um calabouço onde eu possa me esconder e esperar pela dor, que já começa a ser maior, pelas punhaladas cortantes e traiçoeiras das recordações que surgem espontaneamente, mostrando que em minha vida nunca houve amor, que eu sempre fui um incômodo para todos.


*****